terça-feira, 6 de setembro de 2011

CARTA DE REPÚDIO ÀS AÇÕES TOMADAS PELA DIREÇÃO DO CFP/UFRB DURANTE A MOBILIZAÇÃO DOS ESTUDANTES


Em Assembléia Geral (AG), realizada na data de 01 de setembro de 2011, em Cruz das Almas,os estudantes da UFRB votaram pela Paralisação com Mobilização por tempo indeterminado,a fim de garantir suas pautas de reivindicações e pela defesa de uma Universidade Pública,Gratuita e de Qualidade. Os estudantes também questionaram o processo de interiorização das Federais, em especial da UFRB, que tem se dado de maneira precária desrespeitando os direitos básicos para uma formação cidadã e profissional de qualidade.
Após formação do Comando de Paralisação, deliberou-se a ocupação imediata da Reitoria e dos Centros, com a finalidade de parar as atividades e iniciarem-se as mobilizações.
Vale salientar, ainda, que a UFRB é um órgão público e que o espaço, em sua totalidade, é propriedade social e comum, configurando-se como espaço integralmente pertencente à sociedade e aos estudantes.
Conforme decisão na Assembléia, o Comando de Paralisação estabelecido no campus do CFP (Amargosa-Ba), informa à comunidade acadêmica e à sociedade que o Pavilhão de Aulas do CFP foi literalmente ocupado. Porém, não tínhamos, a princípio, a intenção de uma ocupação radical do Pavilhão. Ao contrário, estávamos permitindo o acesso de todos os seguimentos (técnico-administrativos, funcionários terceirizados, discentes e docentes) ao prédio, bem como às atividades de pesquisa, extensão e estágio. Porém, devido à arbitrariedade e às decisões unilaterais tomadas pela Direção do CFP, essa medida foi adotada.
A partir da tarde de sexta-feira, 02 de setembro, o Comando de Paralisação do CFP iniciou diálogo com a Direção, na tentativa de negociar a liberação da sala de Informática, garantia de acesso a internet, bem como de outros materiais audiovisuais, de abertura de salas e, posteriormente, da disponibilidade de transporte para a articulação entre os Centros, pedidos estes com a finalidade de operacionalizar nossas ações de mobilização de forma estruturada. No entanto, não houve cumprimento, por parte da Direção, naquilo que nos foi assegurado durante os diálogos de negociações. Falta de comprometimento, aliás, tão evidente, que os professores David Romão e Priscila Dorneles puderam testemunhar a dificuldade de acesso aos espaços doCFP ao tentarem realizar atividades do projeto de extensão do Curso de Educação Física. É importante destacar que os estudantes se propõem a manter o diálogo em relação às atividades de pesquisa e extensão, colaborando com a realização das mesmas, na medida do possível.
Inclusive com a cedência da nossa sala de reunião (única disponibilizada pela Direção para nosso uso neste Centro) para as atividades dos referidos projetos. Por questões dessa natureza, já enfrentadas por nós em face das tentativas que estamos travando há tempo com a Administração Superior da UFRB, que nós viemos a realizar a ocupação total do Pavilhão de Aulas do CFP. Com essa decisão tomada, solicitamos aos servidores a saída pacífica do Pavilhão de Aulas, o que foi compreendido e atendido prontamente.
Nesse sentido, ratificamos que não proibimos o acesso de ninguém ao Pavilhão de Aulas do CFP. Simplesmente estamos estudando cada proposta de uso do prédio por quem, individualmente, realmente tenha a necessidade de usar seus espaços, tendo em vista a funcionalidade acadêmica (a única que não aceitamos no exato momento são as aulas).
Em suma, denunciamos aqui a opressão que o MOVIMENTO ESTUDANTIL está sofrendo por parte da Reitoria desta Universidade (um exemplo é o boicote feito com o corte da internet) e solicitamos à mesma que as coisas sejam conduzidas da maneira mais sensata para não provocar em nós reações, também, radicais, e acabar enfraquecendo nossos laços enquanto UNIVERSIDADE.

Comando de Paralisação CFP
03 de setembro de 2011

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